Os pacientes baianos que possuem hanseníase, tuberculose ou pessoas que vivem com HIV podem retirar os medicamentos gratuitos distribuídos pelo governo do estado mesmo que não estejam nos municípios em que residem. A distribuição em trânsito, como é chamado o serviço, permite o acesso aos remédios em diversas ocasiões.
O atendimento, de acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), é feito pelos Serviços de Atendimento Especializados (SAEs) e Unidades Dispensadoras de Medicamentos (UDM) em diferentes regiões.
Dentre as situações permitidas, estão as em que os usuários receberam o quantitativo para o tratamento, mas que não tenham consigo e não tenham a receita e o formulário em mãos; ou quando o usuário não tenha recebido o quantitativo e tenha a documentação. Os casos em que a pessoa estejam sem o remédio e não tenham os documentos também são cobertos pela dispensação em trânsito.
Nos casos em que a pessoa que pretende retirar a medicação tenha o receituário e o formulário, a realização de uma nova consulta não será necessária. Já as pessoas que não tiverem deverão passar pelo médico na unidade em que for atendido, portanto um documento de identificação com foto, informar o endereço de residência e a UDM de origem.
No caso das pessoas que vivem com HIV, a modalidade de dispensação de antirretrovirais pode ser utilizada por até duas vezes por ano, sem a necessidade da transferência de caso.
Já pacientes com hanseníase e tuberculose só poderão fazê-lo através da mudança. "O paciente deverá procurar uma Unidade de Saúde no local onde se encontra no momento, preferencialmente munido do cartão SUS, receituários e exames comprobatórios, informando onde realizava tratamento", disse a Sesab.
A partir da solicitação de transferência, o contato será feito com a unidade de origem para migração dos dados. Com isso, o paciente então passará a ser atendido e receber medicação nesta novo local enquanto permanecer fora do seu domicílio.
À reportagem, a Sesab mencinou que não consegue estratificar quantos usuários se beneficiam da estratégia de dispensação em trânsito, mas que, na Bahia, conforme contabiliza o Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (Siclom), 16 mil baianos fazem tratamento para HIV/Aids, especificamente, recebendo medicamentos mensalmente, de forma bimestral ou trimestral.
BN/ por Bruno Leite