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Petrobras reduz o preço do gás de cozinha em 5,6%


Petrobras reduz o preço do gás de cozinha em 5,6%
Foto: Marcello Casal / Agência Brasil


A Petrobras reduzirá em 5,6% o preço do gás de cozinha em suas refinarias a partir deste sábado (8). Segundo a estatal, a decisão foi tomada após percepção de que as cotações internacionais e a taxa de câmbio "se estabilizaram em patamar inferior" para o produto.
 

O preço do combustível havia sido elevado pela empresa em 16,1% no dia 11 de março, levando o botijão de 13 quilos a atingir os maiores valores da história, chegando a ser encontrado por até R$ 160. Na semana passada, o produto era vendido, em média, a R$ 113,63.
 

Com o corte anunciado nesta sexta, o valor cobrado pela Petrobras pelo quilo do gás de cozinha cairá de R$ 4,48 para R$ 4,23. Para encher um botijão, portanto, as distribuidoras pagarão R$ 54,94, ou R$ 3,27 a menos do que o valor vigente hoje.
 

Galeria Aumento do preço do gás pressiona orçamento dos mais pobres Revendedoras relatam parcelamento das compras de botijão https://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/1727476381857014-aumento-do-preco-do-gas-pressiona-orcamento-dos-mais-pobres *** A redução era esperada pelo mercado, diante da valorização do real frente ao dólar nas últimas semanas e da queda das cotações internacionais do produto, que costuma ter preços mais elevados durante o inverno no hemisfério norte.
 

O setor vinha demonstrando preocupação com o efeito dos altos preços atuais sobre as vendas de botijões, que iniciaram o ano em queda, mesmo com a aprovação de um subsídio à baixa renda conhecido como Vale-Gás.
 

A escalada dos preços após o período mais crítico da pandemia e a perda de poder aquisitivo da população levaram muitas famílias de baixa renda a ter que buscar alternativas mais perigosas e poluentes para cozinhar, como álcool ou lenha.
 

Em um ano, entre abril de 2021 e abril de 2022, o preço do gás de cozinha nas refinarias da Petrobras tem alta acumulada de 38,47%.
 

A estatal não informou se planeja alterar os preços da gasolina e do diesel, que também sofreram mega-aumentos em março, de 18,8% e 24,9%, respectivamente. Também nesses casos, os repasses levaram os preços de bomba a recordes históricos.
 

Com a valorização do real e a queda das cotações do petróleo, o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras chegou a ficar R$ 0,09 por litro acima da paridade de importação nesta quinta (8). O dólar, porém, voltou a subir e nesta sexta os preços estão alinhados.
 

O corte no preço do gás de cozinha ocorre após uma semana conturbada na Petrobras, que viu dois dos nomes indicados pelo governo para seu comando, Adriano Pires e Rodolfo Landim, desistirem dos cargos após questiomentos sobre conflitos de interesse.
 

Nesta terça (6), o governo anunciou que o ex-secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME (Ministério de Minas e Energia), José Mauro Coelho, para presidir a companhia. Para o comando do conselho, foi indicado o consultor Márcio Weber, ex-funcionário da estatal.
 

Em entrevistas, Coelho defendeu a política de alinhamento dos preços dos combustíveis ao mercado internacional, alegando que preços artificiais podem causar desabastecimento no país.


por Nicola Pamplona | Folhapress

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