O foco do PSC deve ser a saída do PT do governo da Bahia. Apesar de ser aliado do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União) no estado e confirmar a adesão à candidatura dele, o presidente estadual da legenda, Heber Santana, garante não existir conflito entre os filiados por conta do alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro (PL).
"O PSC foi o partido pioneiro no posicionamento à direita, desde 2014, de forma muito clara. Isso naturalmente atrai pessoas com essa linha de pensamento. Algumas dessas pessoas, a vinculação é tão forte que se veem no entendimento de seguir o alinhamento de Bolsonaro, com João Roma. A gente vai conversando e ajustando, da melhor maneira. Vamos sair com chapa completa, envolve muita gente, 100 cabeças. A posição do partido é a candidatura de Neto", explicou Heber.
Santana apontou que não existe insatisfação de filiados e pré-candidatos por conta do apoio a Neto. "Entendo que, mesmo quem está, de alguma maneira vendo a candidatura de Roma como melhor, o caminho é oxigenar o governo da Bahia. É a retirada dos 16 anos de governo do PT. É renovar. Mas quem tem condição de ganhar é Neto. No primeiro momento, algumas pessoas ficaram resistentes, da candidatura alinhada a Bolsonaro, mas o entendimento é que todos juntos estamos no mesmo caminho", disse.
Ligado ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e filiado ao PSC, o ex-vereador de Salvador Cézar Leite indicou que "o partido é democrático". "Antes de entrar eu conversei com Heber para ter a liberdade de poder apoiar João Roma. Dentro o PSC eu tenho essa liberdade. Dentro do partido, todos apoiam Bolsonaro e aqui, o partido está com Neto, mas eu e outros candidatos apoiamos Roma", indicou.
"Tanto que eu levo Heber [Santana] para alguns apoios [eventos] para que ele conheça meus apoiadores e João [Roma] está no local. O clima é amistoso", completou Leite.
por Mauricio Leiro/BN