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Representantes da "Associação de Fibromialgia de Vitória da Conquista" cobram atenção do poder público municípal na Tribuna Livre da Câmara

 

Foto: Dárcio Alves 

Na sessão desta sexta-feira 02 de Junho na Câmara Municípal de Vereadores, representantes da Associação de Fibromilagia de Vitória da Conquista usaram a Triubuna Livre para cobrar da Administração Pública ações no tratamento de saúde para os portadores desta doença.

A presidente da instituição Patrícia Guimarães Feitosa,  fez um apelo cobrando ações de saúde do poder público para  questões relacionadas à doença.

Em seu discurso na tribuna livre, Patrícia explicou a natureza da fibromialgia, uma condição que causa dores crônicas em 18 pontos específicos do corpo, levando à incapacidade dos indivíduos afetados. Ela ressaltou a persistência dos sintomas, que variam de moderados a intensos, e solicitou o envolvimento de todos os vereadores na causa dos pacientes com fibromialgia no município.

Patrícia enfatizou que em Vitória da Conquista existe quase 300 pessoas que enfrentam diariamente essas dores decorrente da doença  e que necessitam de um acompanhamento especializado de uma equipe multidisciplinar, bem como de tratamentos adequados. Ela destacou que o uso exclusivo de medicamentos não é suficiente para aliviar os sintomas e fez um apelo à comunidade e ao poder público em busca de apoio para a associação.

Por fim, a presidente da associação expressou sua preocupação com o fato de a Prefeitura não disponibilizar seu grupo de trabalho sobre fibromialgia para a comunidade em geral. Ela também ressaltou que, embora a doença não tenha cura, existem opções de tratamento disponíveis. No entanto, segundo ela, parece haver uma priorização dos animais em detrimento dos seres humanos no sistema de saúde pública do município.

Foto: Ascom CMVC

Em sua fala a Vereadora Márcia Viviane  Sampaio destacou a importância de realizar ações voltadas para melhorar a saúde no município, criticou a prefeita municípal que vetou um projeto de lei aprovado pela Câmara para beneficiar pessoas com fibromialgia há mais de oito meses.

O Blog do Daŕcio Alves entendendo a grande relevância da pauta, conversou com as representantes da Associação, Patrica Guimarães e Tânia Coutinho,com objetivo de destacar aínda mais esse assunto, e provocar as autoridades à resolver essa problemática.


Ouça:


Veja abaixo a transcrição da entrevista:


Muito bem, o blog do Dárcio Alves aqui hoje na Câmara Municipal eh conversando com representantes da associação de fibromialgia de Vitória da Conquista,dona Patrícia e dona Tânia Coutinho

Blog do Dárcio Alves:

A senhora usou a tribuna livre da Câmara Municipal hoje pra fazer uma reivindicação. Qual foi essa? 

Patricia :

Nós viemos na Tribuna Livre hoje reivindicar a respeito da fibromialgia. Que nós temos como uma associação já registrada em cartório,

e queremos chamar atenção da sociedade porque a fibromialgia ela pode ser invisível mas ela é real, ela existe. E não é duas ou três pessoas que sofrem com a fibromialgia hoje em dia. É uma grande uantidade de pessoas que tem a fibromialgia, alguns sentem as dores e não sabem qual é a causa, não tem o conhecimento da fibromialgia e esse é o nosso papel como a associação, como fibromiálgico, alertar a sociedade de que existe essa doença e que precisa de atenção de todos os órgãos públicos. Não é só de um ou de dois, mas todos os órgãos públicos precisam vestir a camisa da fibromialgia.

Blog do Dárcio Alves: 

Eu observei que a senhora aí destacou uma dificuldade em estar buscando essa ajuda junto ao poder público municipal, a senhora já falou com a a gestão pública, a administração pra ter um cuidado especial nesse sentido? 

Patricia:

Em dois mil e dezoito as nossas companheiras que foram as veteranas que deram a entrada, que começaram essa batalha

elas tiveram sim reuniões com a prefeita, elas deram entrada no projeto de lei que foram vetados por duas vezes. Então a luta não é de agora, a luta é a cinco anos atrás que estamos nessa luta.

Algumas pessoas deram entrada agora, tão tendo conhecimento agora, até mesmo porque alguns foram diagnosticado há pouco tempo, mas essa essa batalha não é de agora, já tem anos, tem o projeto de lei que foi vetado, que pode tá sendo buscado aqui na câmara pra poder estar tendo um entendimento e ver que a luta, a causa é antiga. 

Blog do Dárcio Alves:

Nós temos aqui também a dona Tânia que é integrante também da associação da fibromialgia aqui de Vitória da Conquista,

dona Tânia onde é que fica localizada a associação?  tem muitas pessoas que participam? Quantas pessoas aqui em Vitória da Conquista existe com com esse problema? 

Tânia: 

Então, a nossa associação fica aqui do lado da Câmara, no prédio ao lado, 

é algo que a gente estamos eh de joelhos, né? Porque é algo muito difícil, porque não tem como eh você sentir dor vinte e quatro horas por dia e ficar com o braço encruzados,vendo mais de trezentas pessoas em Vitória da Conquista, né? Que somam fibromialgia, não só as mulheres, mas os homens também sofrem e tem jovens também no nosso meio que tem apenas quinze anos de idade, outros de dezenove, vinte anos que também tem fibromialgia, homens. Então infelizmente tem muita gente sofrendo, né? E a gente tamos buscando por ajuda, pelo atendimento digno, porque nós estamos correndo atrás de algo que nós temos direito

Da mesma forma que nós, deficiente visual, temos direitos, estou falando porque eu sou uma deficiente visual, né? Portadora de deficiência eh com a fibromialgia e nós temos direito. Então, acho que na mesma maneira que um,que um deficiente visual que um cadeirante tem que um pessoa que tem câncer, tem tratamento, tem ajuda, nós também precisamos. Medicamentos caros, médico nem se fala. Então a gente vai fazer um exame, uma cirurgia, a gente tem que fazer fora do estado e não tem nenhum tipo de acompanhamento, né? Eh que dá conforto pra gente, que não não existe cura, mas que existe pra nós um mínimo de conforto, é isso que a gente buscamos. 

Blog do Dárcio Alves:

Muito bem dona Patrícia, a senhora falou ali sobre o atendimento que vocês buscam, é

no posto de saúde do bairro? E que que eles alegam, que que eles falam, como que é o encaminhamento pra fazer o tratamento? 

Patricia:

No nossos postos de saúde, a demanda é muito grande. E quando nós chegamos no posto de saúde é precária o atendimento porque o clínico ele não não tem especialização pra tratar de um fibromiálgico. Então ele vai nos encaminhar pra um reumatologista pra um ortopedista porque temos que ter também por causa das dores e algum, né? Então eh é muito difícil o acesso. Você coloca um exame no posto de saúde, demora anos pra poder chegar. Quando consegue aquele exame? Você já passou por etapas, etapas, já sofreu, já foi pra UPA, já procurou outros meio porque nós não podemos ficar dependendo de um uma espera. E o médico do posto ele, o que ele pode fazer é passar um medicamento paliativo não é a área dele, não é a área de um clínico, nós precisamos de um especialista na área da fibromialgia, que é o reumatologista e nem todo mundo tá tendo acesso. É muito difícil o acesso

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