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Larissa Ferrari afirmou ao g1 que manteve um relacionamento com o atleta e que sofreu agressões sexual, física e psicológica. Meia francês, que joga no Vasco, deve ser ouvido pela polícia nos próximos dias; g1 entrou em contato com agente do jogador e aguarda resposta.
O jogador de futebol francês Dimitri Payet, do Vasco da Gama, foi acusado por uma advogada catarinense de violência física, moral, psicológica e sexual.
Larissa Natalya Ferrari, de 28 anos, afirmou ao g1 que teve um relacionamento extraconjungal de setembro de 2024 e março deste ano com o atleta, que é casado há 18 anos com uma francesa e tem quatro filhos. Segundo ela, as violências começaram após crises de ciúmes dele. Os registros de ocorrência foram feitos nas polícias Civil do Rio e do Paraná, onde pediu uma medida protetiva.
Os registros foram feitos entre 29 de março e 30 de abril, como revelou o Extra. O g1 conversou com Larissa e teve acesso aos registros de ocorrência da Polícia Civil do Paraná e da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.
Payet deve ser ouvido nos próximos dias. O g1 entrou em contato com o agente do jogador para falar sobre as denúncias, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem. O Vasco disse que, por ora, não vai comentar o caso.
Nos depoimentos, a advogada disse que "foi agredida por Dimitri Payet, deixando marcas em seu corpo, e sofreu violência física, moral, psicológica e sexual". Ainda de acordo com os documentos, os ataques aconteceram entre os dias 25 de janeiro e 6 de fevereiro.
Ao g1, Larissa afirmou que foi vítima de humilhações e teria sido atacada toda vez que o Payet sentia ciúmes dela. Ela também enviou fotos em que aparecem hematomas que, segundo ela, são marcas das violências de Payet (veja no fim da reportagem).
"Os primeiros sinais das agressões foram em dezembro. Eu pedi dois ingressos para Vasco e Atlético Mineiro: um para mim e um para minha amiga. E a minha amiga postou uma foto dessa cortesia sem aparecer o nome dele e publicou no Instagram. E ele ficou muito bravo comigo. Foi a primeira vez que ele me ofendeu bastante, usou pressão psicológica comigo e foi a primeira vez que a gente discutiu", contou Larissa.
A advogada relata que a atitude do jogador, então, mudou.
"A partir desse dia, ele começou a comentar sobre palavras de punição, porque eu tinha decepcionado ele. Eu comecei a me sentir violada emocionalmente porque ele já começou a fazer essa pressão comigo. Na relação sexual, ele passou a me bater, pisar no meu rosto, no meu corpo. Eu ficava receosa de falar algo, porque eu sabia que aquilo era uma punição por eu ter errado e se eu não aceitasse a punição, eu poderia perder ele. Então, é, eu acabava aceitando", relatou.
Por Cristina Boeckel, Rafael Nascimento, g1 Rio